quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sanguessuga

Um precisa,
outro aproveita.
Parasitismo.
Isso foi o começo.

Forçassuga...
Alegriassuga...
Mas tem analgésico!
Assim foi o meio.

Um olhar triste e final,
um lábio cínico e fatal,
a fonte esgotou.
Esse foi o fim.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Não,sinto muito/Não sinto muito

Ah...ah....ah...respirei bem fundo antes de cuspir as palavras com a força que eu queria que fossem sentidas. Agora mais calma, sei que de nada adianta queimá-las para parecer com palavras de raiva. É bom mergulhar no pensamento mais brando pra livrar-se da tensão do sentimento mais áspido. É o que me faz humana, idear, é o que nos opõe aos outros animais e seus instintos...tão impulsivos! Isso é óbvio, mas é que o óbvio nem sempre é feio ou desprezível. Ainda bem que sou humana, ainda bem que funciono como tal, pois não funciona com todos, ou nem todos funcionam assim. Voltando a minha ré-ação e reação na situação, a respiração fez toda a diferença, é como sentisse toda a podridão do sentimento sendo substituido pela leveza do pensamento. Ah....ah...ah...como eu "amo" ser racional!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A criação...em 20 anos.

Espelho do óbvio, reflito o impossível. O impossível é tangível, por que pensar além é quase rotineiro. Imortal como um Deus, ferido como um animal, comum a quem é incomum. Corto o padrão, e o sangue escorre, mas ninguém, além de mim, sai ferido. Os sabores amargos que senti, percebi-os como doce. Interpretar vai mais além, e eu tenho o além em mãos, as mesmas mãos que tocam o eterno por cortar o padrão. A conduta pré-moldada, devolvi à fábrica. Aprecio obra artesanal. Sublimo. Deleito. Sinto tudo. Guardo o mundo. E nessa sinestesia me consumo com euforia e recrio um novo ser.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Final feliz

Era uma vez, uma garota. Era uma vez, um lugar. A garota fora do lugar, mas lá mesmo ela está. Ela seleciona, (por que na natureza é assim). Ela consome. Não paga, pois não está à venda. Ela parte. Ela vive feliz para sempre. O consumido nem tanto. Mas é assim, e ela já sabe que sempre será.

Fim


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pão e circo

Feriados são engraçados. Para cada data, um motivo, um acontecimento, um fato qualquer que fez daquele dia, um dia marcado. Natal, páscoa, dia das crianças, dia da mulher, dia das mães, dia dos pais, dia dos namorados, dia do fulano com seis dedos. Todos, teoricamente, têm uma razão para serem lembrados ou celebrados. Pra mim é tudo comercial. É bom aquecer o mercado, e dormir um pouco mais, não reclamo de nada disso. Mas é tudo muito engraçado. Semana santa por exemplo, as pessoas têm que passar um dia lá sem comer carne vermelha. Beleza! Faz bem à saúde. Acontece que é por que Jesus derramou o sangue e blá blá blá. Mesmo assim, tudo bem, não interfiro na religião de ninguém. Mas o engraçado, é que no outro dia as pessoas se empanturram de carne vermelha e cachaça. Salvos do pecado por um dia de abstinência. Os pecadores se iludem e os pescadores agradecem. E eu continuo achando tudo muito engraçado.

A propósito, descansei e comi bastante, adoro feriados!

[Ao não-anônimo: eu não imaginava que o do gorila também era teu, é muito brega. Mas tinha que ser wikipédia, tinha que ser tu.;D]

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fugere Urbem

Pessoas que frequentam o meu blog (que não são muitas),
Tristemente comunico-os que essa possilga será abandonada por uns dias em consequência do feriado. Viajarei para o interior do interior de São Raimundo Nonato (que é interior).
Entrarei em contato com a natureza, e me desligarei da turbulência da cidade grande (não tão grande assim, aliás, pequeníssima!).
Enfim, voltarei zen e renovada para escrever inutilidades aqui.
Desde já agradeço a compreensão de todos. (como se fosse fazer muita falta)

[Quase] Atenciosamente



RitaSantana

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ao anônimo nº2...

Nos textos, a Rita fala. Nos poemas, personagens falam.
Não és tão anônimo, deixa pistas. É diferente e óbvio. Eu sei quem gosta de me fazer rir e de me contrariar, porém, o conheci mais corajoso.;*

domingo, 5 de abril de 2009

Não é nada!

Estava sem idéias, sem vontades, sem planos...defini-me como uma "cheia de nada". Sem nada para escrever aqui, pensei então: "vou escrever sobre o nada!".
Isso é muito sem sentido, por que escrever sobre o nada, é escrever sobre alguma coisa, logo, não é nada. Captou? Além disso, eu sei que o "sobre" equivale a "a respeito de", porém, pensando no "sobre o nada" de outra forma, dá um nó aqui dentro...pense em como seria algo sobre o nada, ou mesmo sob este. LOUCURA! Aliás...pense em nada, ou pense no nada, como preferir. Há uma diferença sim, mas acho que não conseguiria explicar, é muito e não é nada! Se pensar em/no nada, o que apareceria em sua mente? Tudo ficaria branco? Tudo ficaria preto? São cores, logo são alguma coisa, logo não são nada, não pode ser nada! Eu já tentei, e não tive êxito, se alguém conseguir, por favor me avise.
Engraçado, como pode existir essa palavra, se nem ao menos conseguimos pensar nela? Aí você diz: "mas eu não consigo pensar no ar, por exemplo, eu não consigo vê-lo", mas você sabe que existe, por que existe! E o nada? O nada nega existência! Aí você diz: "nega existência de quê?", de qualquer coisa, é ausência de tudo! É isso, nada é ausência de tudo, por que as palavras extremas, existem para ser opostas. TUDO e NADA! Mas não existe a ausência de tudo, senão eu nem estaria aqui, nem você aí. Compreende? Logo, nada não existe! Eu provei que o nada não existe? Eu quero ser muita coisa mesmo!¬¬"
Quem inventou essa palavra? Alguém "do contra", alguém como eu! Eu sei que foi, alguém que queria contrariar tudo. Mas até mesmo esse alguém (e eu), que parece não gostar de nada, gosta de alguma coisa, todo mundo gosta de alguma coisa, logo não é nada.
Se alguém pergunta "o que você tem?", e você diz "não é nada", que balela, é alguma coisa! Fome; dor de barriga; a morte da bezerra; o tédio; felicidade escondida; o céu róseo-fim-de-mundo; seja lá o que for, é alguma coisa, então não é nada!
E se eu disser que não vou "fazer nada", estou fazendo alguma coisa, por que o que na verdade seria "fazer nada", é ficar parada, talvez, esperando por algo acontecer, e isso é alguma coisa.
Se você disser que não sente nada, isso então eu não concebo! Direi a todos: "aqui jaz fulano"! És morto! E isso não vale! Por que um morto não me dirá que sente nada!
Para ser contrária a tudo; para ser apelativa; para coisas sem fundamentos; para qualquer coisa; nada é alguma coisa, nada não é nada! Nada não existe!

Você, ao terminar de ler, dirá: não aprendi nada/não ganhei nada/não entendi nada/não acredito em nada...mas eu tenho certeza que você pensou, riu, ou fez careta, ou me xingou, ao ler tudo isso, e não é nada, é alguma coisa, o que só prova que eu estou certa. Obrigada!






































Pensou que não era nada? Então sublinha o texto aí em cima para ver tudo!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Uma data eterna

Hoje é 1º de abril!
Aí você diz:
- E eu com isso?
É que é uma data engraçada. Não por que as pessoas costumam mentir nessa data, mas por que elas mentem e depois dizem que mentem, e ainda dizem: "Te peguei, hoje é 1º de abril". Oras! O ser humano conta cerca de 200 mentiras por dia, cerca de 1 mentira a cada 5 minutos, qual a graça de ter um dia da mentira? Só por que vai contar algo mais absurdo do que de costume. Deveria ter o dia da verdade, aí sim eu queria ver.
Imagina só, aquelas mentiras inocentes que a gente conta, sem nenhuma má intenção:
  • A sua amiga pergunta se está bonita com aquela roupa. Ela não está feia, mas também não está bonita e você diz que está.
  • Aquele esmoleu que vai pedir algo e você diz que não tem.
  • O professor que pergunta pelo trabalho e você inventa que seu cachorro comeu.
  • Ou quando diz que gosta de uma coisa só por que alguém (que você quer impressionar) gosta dessa coisa.
  • E aquelas mentirinhas pra mãe e pai? Prefiro não comentar.
  • Até mesmo um "bom dia" só por coveniência, quando no fundo você nem deseja bom dia coisa alguma.
Ah...poderia citar uma lista imensa, e olha que essas são as mais comuns, de uso coletivo(por assim dizer), e ainda tem aquelas mais particulares que não consigo abstrair. Pense aí na sua.
Mas por que tanta mentira? Por que se você falar pra sua amiga que ela não está bonita, talvez ela não sentirá tão sua amiga ou no mínimo vai ficar chateada. Se você disser pro esmoleu que na verdade não quer alimentar a "pedição" dele, e não vai dar por que não quer dar, ele pode ficar triste, ou pode lhe xingar, ou tantas outras coisas. Se você disser para o professor que na verdade você não fez o trabalho, passara de coitadinho a irresponsável. Se você disser que não gosta de uma coisa para aquele alguém que gosta, talvez não o impressione tanto(mas vai por mim, impressiona sim, ser do contra é ótimo). As mentiras pra pai e mãe são por sobrevivência, por que você depende deles. E o "bom dia" pode ser para parecer simpático ou simplesmente por "costume". Enfim, mentiras em sua maioria são para evitar confusões, facilitar as coisas para o seu lado, ou acabar com a vida de alguém. Já usei algumas mentiras com cunho altruísta, você também pode ter usado, mas no fundo, somos egoístas mesmo, e usamos muito da mentira para isso.
Não contei as mais ousadas, que no fundo tem uma pitadinha do mau. Essas aí são mais raras, mas tem quem use. Não irei falar delas, são cruéis e costumam usar contra mim(é claro que esse post precisa ter o meu lado revoltado contra algo, senão não seria meu). O bom é que já criei uma habilidade inexplicável de captá-la "no ar", e o otário passa a ser o que seria o espertinho da trama.
A muito tempo eu tento não mentir, confesso que é difícil (experiementa), e já me dei mal por falar a verdade, mas você se sente mais leve. Tem uns momentos que não tem como contar a verdade, mas, ao menos no geral, estou me saindo bem. Qual o problema em ser chamada de bruta, escrota, mau ou insensível? Nada demais, você vai ver que no final vale a pena. :D
O ser é mesmo engraçado, celebrando a mentira em 1º de abril...hahahahaha...365 dias no ano nós celebramos a mentira.