sábado, 23 de maio de 2009

(8) rá tá tá tá tá tá....

Era pra ser tão simples, paz é uma palavra tão pequena. Mas venho novamente falar o que já estão cansados de saber: que só me interpretam errado. Isso realmente cansa. Estou em uma guerra sem querer lutar. Eu só quero levantar a bandeira branca, retornar à pátria e morar em uma casa no campo, tranquila. Levantar a bandeira não é se entregar ou assumir que perdeu, não na guerra que estou, é apenas cessar algo que não deveria existir.
A luta não é por território, mas é por poder. Eu não preciso atacar, nem me defender. É algo que não podem me tomar. Mas vão continuar a guerra, até que muitos saiam feridos. Eu quero a paz, mas é a força inimiga(não ao pé da letra, por favor) que deveria bater em retirada.
É...nunca deram muito valor a decisões diplomáticas...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A roupa nova do imperador

Venho aqui trazer-lhe uma roupa, fina e diferente, custa caro pois é exclusiva, e dará seu devido valor ao ver a adoração de todos ao seu redor...
Não se espante se o tecido é invisível, pois só você pode vê-lo assim, trata-se de algo inovador...
Tenho certeza que fizemos um bom negócio...
Adeus e sucesso com sua nova roupa (otário)...

Incrível como as pessoas se desfazem de sua identidade para moldar-se aquilo que pensam ser visto de uma forma melhor.
Não compro roupas invisíveis, até gosto do veludo ultrapassado...

sábado, 16 de maio de 2009

Dance, dance, dance...

Felicidade. As pessoas procuram muito por isso aí. Uns correm atrás em uma perseguição incansável. Outros apenas olham para o lado e a encontram. Alguns querem apenas saber que bicho estranho é esse. Mas o que é isso mesmo? Uma forma de estar ou de ser? Realizar-se ou fazer-se? Alcançar ou ter? Viver? Sentir?
Para uns autores, o homem vive em função de seus desejos e prazeres. Ou ainda para sentir-se bem com àquilo que ele quer pra si. Pode ser também, uma caçada de algo alheio a ele, para sentir-se completo. É tudo igual, sempre, só muda de endereço.
O fato é que procuram tanto a felicidade, que imagino que esse é o ápice do que seria bom para o ser. Acontece que se a felicidade fizer um homem completo, ele não terá mais o que procurar, ou o que sentir, ou o que querer ser, e aí tudo acaba, e tudo perde a graça. Não estou aqui dizendo que devemos ser tristes, pelo contrário, devemos encontrar a felicidade, dar um abraço e chamá-la para um chá, talvez ela fique para o jantar, quem sabe durma com você, e se ela gostar, talvez more com você uns dias, mas ela se cansa e vai embora, pra voltar de novo quando "der na telha".
É isso mesmo, devemos fazer planos, devemos sonhar um pouco, mas sem a obsessão de encontrar a felicidade como algo eterno em nossas vidas. Ela está por aí. Ela vem e passa. E isso é que faz dela interessante e tão desejada. A luz não seria notada se não surgisse em meio as trevas.
Agora vou dançar com minha amiga nômade, a felicidade, enquanto ela ainda está no ritmo da minha música.

:D

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Floresceu...



Flor,
é seu
copo-de-leite.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O circo está (des)monta(n)do

Eu vejo o desespero. Sim meus caros, àquelas ações que você quer que pareça uma coisa, mas todos têm certeza de que é apenas uma atitude desesperada de contornar a situação. O bom é que não é em mim, mas as ações foram feitas para me envolver. O bom é que eu não sou atingida, mas é pra me atingir. Bom mesmo é que eu tenho do que rir, mas tenho mais é que sentir pena. É por essas e outras que deixo pensarem que sou facilmente enganável, pra ver até onde vão, até onde a inquietação do "não" pode levar alguém. Eu fico bem de platéia, não queiram me pôr no centro do show, não vai funcionar, por que eu não sou um leão de circo que é provocado e domado, ou a foca que vai ser treinada pra bater palmas e ficar na palma da mão do treinador. Eu vejo tudo da arquibancada, bem lá do alto. E o que eu faço melhor é rir do palhaço, que no fundo chora a mágoa de ser um pobre coitado. Eu poderia ajudá-lo a sair do circo, mas foi ele quem quis ser o centro das atenções com o seu nariz pintado. Só me resta assistir o espetáculo.

sábado, 9 de maio de 2009

"Não caia no óbvio"(8)

Quando uma pessoa me disse que tudo no homem poderia ser treinado, eu não acreditava. Eu disse pra ele que isso eliminava a humanidade ao passo que limitava o ser. Mas hoje eu vejo que é verdade, e isso não me limita, ao contrário, me abre um novo caminho. Treino todos os dias, e passa despercebido por outros, mas eu sei de mim, e é o suficiente. Tanta gente se preocupando com algo mais, e esquece do primordial(de primeiro, ao menos deveria vir primeiro), daquilo que está escondido nas entrelinhas. É tão fantástico perceber aquele pequeno detalhe ignorado, ele me retribui por ser percebido. E minha satisfação maior nem é o que ele tem a me dizer, é o simples fato de conseguir captá-lo antes de escapar. Por isso eu treino, por que não posso esperar por "dom", enquanto os detalhes estão correndo por aí, afinal, caindo naquele velho clichê, o detalhe faz toda a diferença.

sábado, 2 de maio de 2009

Prazer, meu nome é "Paradoxo"!

Acho que é por isso que me interpretam de forma errônea. Ou talvez por que é assim que querem me interpretar? Prefiro ficar com a visão otimista da coisa, a primeira.
Eu adoro a dificuldade da simetria, mas a irreverência do tortuoso me fascina. Os sabores mais extremos se confrontam para minha felicidade. As ações? Discretamente gritantes. Alarmes silenciosos. Palavras de pluma com efeito de peso. Palavras de peso carregadas pelo vento, levadas para longe. Sonhos à luz do dia, pesadelo à luz do dia, vida à noite, viva! Cuspo respostas das perguntas que já engoli. Engulo respostas das perguntas que fiz. Um som grosso e áspero me alisa. Não quero canções de ninar ao dormir. Respirar é consequência. Expirar é viver, jogar pra fora. O belo me parece tão tosco, o disforme é tão atraente. Meu céu é vermelho. Meu inferno é azul. Passeio pelas pedras cantando. E é sobre a grama verde que eu piso. Uma egoísta que ajuda. Uma altruísta que massacra. E quando os extremos devem ser evitados, um olhar bizantino me é bastante útil.