domingo, 29 de março de 2009

Eu domino

Mais ação,
Menos reação,
Igual a realização.

terça-feira, 24 de março de 2009

A patinha feia e feia novamente.



Hoje antes de sair pela manhã, vi meu priminho de 2 anos, assistindo o clássico "O patinho feio", fiquei lembrando de quando era criança, e pensei: eu já chorei com essa estória. Mas naquela época eu chorei por que tinha muita dó por todo seu sofrimento até se tornar um belo cisne. Rejeição de todas as formas.
Depois pensei que tal desenho pode ser uma metáfora, não sei se muita falta do que fazer, ou se apenas pensei o óbvio, e alguém já pensou o mesmo.
Eu poderia pensar que trata-se de uma crítica do culto a forma para uma valorização da essência, mas acaba não sendo por que no final ele se torna uma ave bonita e não ganha o respeito por seu âmago, e sim pela beleza. Na verdade abstraí que seria uma crítica a visão de uma maioria engessada pela idéia(agora sem acento, mas ainda não me acostumei) de que o diferente deve ser marginalizado. O pobre patinho que é um cisne, é rejeitado por sua feiura, na verdade, por fugir do comum, do que é considerado padrão. Porém, o que determinaram como incomum, era um desvio apenas naquele meio, e quando ele vê que é um cisne, e é aceito pelos outros, sente-se inteiro, "belo".
Demasiadas vezes 'alguém' é repreendido e excluído por ações e pensamentos que divergem da ideologia coletiva(qualquer transferência é mera coincidência). É incocebível para a massa (e aqui vem um discurso um tanto prepotente de uma excluída com uma dose de revolta), que alguém possa pensar/agir "diferente", mesmo que não quebre regras ou afete a vida de outros. "Eu não concordo", "Isso não existe", "Tú é louca", são frases que escuto com certa frequência. Pois que não concorde, pois que não aceite. Tenho pena, não de mim, mas desses que não conseguem nem ao menos pensar na possibilidade que o diferente pode existir, pois isso é preguiça de mudar a rota, talvez medo, por que já conhecem aquele caminho e mudar é correr riscos. Mal sabem o que estão perdendo...o outro caminho é mais interessante.
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaassssss...tudo bem! Um dia eu viro um cisne e me junto aos outros.
;D

sábado, 21 de março de 2009

Era uma vez...(duas ou mais)

A silhueta doente
de um corpo são,
pede um não
com sim em mente.
Sombra infeliz
esconde-se no sorriso
da carne que diz:
- Mentir é preciso!

terça-feira, 17 de março de 2009

Transferência


Ontem eu assisti um filme legal, Peixe grande. Fiquei encantada, e foi estranho por que não costumo gostar de estórias, histórias fazem mais 'meu tipo' (se bem que ultimamente ando meio gay). Depois percebi que não se tratava de estória, era só um disfarce para uma filosofia interessante.
O tédio permite a estória, no meu caso a fuga permite o sonho. No meu Sonho grande, não há um Peixe grande, nem Espectro ("a relva é verde, o céu é azul, Espectro é linda" hahahahha), nem um gigante, ou irmãs siamesas, no meu Sonho grande, não há símbolo para o que quero, há um Nada grande. Não pensem nisso com uma visão pessimista, ao contrário, trata-se de algo tão grande que não cabe aqui, que não há definição, ou ainda, que não é compreensível. Seria melhor acreditar em feijões mágicos, ou tirar os sapatos e morar em Espectro, mas quem disse que eu mereço o mais fácil?
Poisson grand, rien grand ;D

sábado, 14 de março de 2009

(Des)pontuando



Por que quando encontro uma interrogação, quero possuir, e quando eu coloco uma exclamação, sinto que devo abandonar?
Sim, eu que a coloco, mas é sem querer. É uma "habilidade".
A exclamação é tão repugnante que quero um ponto final.
A interrogação é tão maravilhosa que a queria como reticências...
Minha vida bem que poderia ser como essa pintura do Vladimir Kush, mas insistem em me dar balões de verdade, eu apago o fogo, e eles descem...de volta à terra...

quinta-feira, 12 de março de 2009

[O] Real-mente

Hoje é um daqueles dias que eu não sei se existo. Não, isso não é uma afirmação tipicamente dramática quanto a minha 'funcionalidade' ou 'importância'. Falo com relação a ser tudo verdade, ou ser um sonho de alguém. Um beliscão não foi o suficiente para refutar o impasse, nem mesmo algo mais doloroso, ou alguma sensação prazerosa. Será que só eu acordo com isso? (se eu existo e acordo) Eu sei que não, ou prefiro acreditar que não, para não pensar que sou louca, se eu realmente existir, não quero existir/ser/estar louca!
Minha mãe diria ao ler: falta do que fazer! (até rimou)
Nem é. Não vamos aqui discutir minhas tarefas diárias. Mas ocorre que sinto-me em queda livre, e sei que nunca irei chegar ao chão e espatifar-me. Claro que se eu existir, não quero existir/ser/estar morta!
Imagina só, se fosse tudo sonho de alguém?Eu deveria parar?
Se eu continuar, ao menos não perderei nada...eu acho.


terça-feira, 10 de março de 2009

Verdade de verdade

Em uma grande atuação, fui eu mesma, mais do que costumo ser. Porém, nada convincente. Deveria ter mentido? O ser humano é mesmo estranho! Roga por verdades, mas prefere acreditar em mentiras. A ilusão é confortante, e eu gosto do desconforto da verdade, que bate em mim sempre que corro atrás dela. Apanho e sorrio, feliz com essa que é cruel, mas sempre bem vinda. Se gostas de ilusão, durma e sonhe, ao abrir os olhos, abra-os de fato!

sábado, 7 de março de 2009

Instante constante

_________________Lépido!
L E N T O!
Um pequeno momento,
infinito...
Um frame com essência de um filme.

terça-feira, 3 de março de 2009

Luto

Eu ainda não sei 'lidar' com a morte...infelizmente, ou felizmente, eu ainda não sei...
Não tenho medo de morrer, tenho medo de sofrer, e a morte de alguém próximo causa sofrimento, por que não terei essa pessoa perto, e sua essência não fará mais parte da minha vida. É um pensamento egoísta, mas luto nada mais é que isso, sentimento de perda, sofrimento por não mais 'ter'. E ver outros que gostamos, sofrer por tal, é mais uma vez, sofrer.

Sentirei falta da minha tia que ainda era uma criança, Elisângela...Adeus.